Existe um paralelo possível de ser feito entre o trabalho de perder peso (incluindo mudanças com alimentação e cuidados com o corpo), que é tratado no Coaching de Saúde e Equilíbrio, e os trabalhos na área de relacionamentos, um dos temas de foco do Coaching de Vida. Podemos olhar a nossa relação com o alimento (na busca de saúde e equilíbrio) como um relacionamento que pode estar saudável ou não? Como seria olhar a comida como uma “parceira” de vida com a qual precisamos estabelecer uma relação amorosa e respeitosa? É muito comum, principalmente nos casos de pessoas querendo perder peso, olhar a comida como uma “inimiga”, aquela que engorda, “a tentação”. Que tal seria olhá-la como uma amiga que nos ajuda e auxilia na qualidade física, mental e emocional das nossas vidas? No coaching, como a proposta é sair de todo e qualquer papel de vítima e tomar as rédeas de nossas existências, quero sugerir esta relação inversa, a de amizade e respeito, trazendo alguns hábitos importantes a serem estabelecidos, que nos convidam a sair do modo “automático” de comer. Inspirada também em aprendizados que tive com a Ayurveda e Chopra Center University, seguem algumas sugestões para tornar a sua relação com o alimento uma parceria saudável:
  1. Saiba o que querpara sua saúde - como em qualquer relação, é importante sabermos o que queremos, o que é ou não compatível com os nossos valores e sonhos.
  2. Conheça e escolha o que deseja comer - saia da zona da preguiça, vá atrás das informações.  Você não costuma levar qualquer pessoa para sua casa ou sair com qualquer pessoa. O mesmo vale para a comida: escolha o que quer que faça parte de você. Conheça o que faz bem e o que faz mal e faça a escolha consciente.
Na hora de comer, pense que está encontrando um amigo, estabeleça uma relação:
  1. Pare, olhe e agradeça o alimento que escolheu;
  2. Esteja 100% presente, não divida a sua atenção com muitas coisas ao mesmo tempo. Evite trabalhar, assistir TV, ler, falar demais enquanto come. O corpo entenderá os comandos de foco e a qualidade da sua digestão será muito maior.
  3. Aproveite o momento- mastigue muitas vezes, sinta a maravilha dos diversos sabores: salgado, doce, amargo, azedo, adstringente e picante. Isto também ajudará a comer menos, digerir melhor e ter mais prazer.
  4. Perceba-se e antes de ficar “cheio”, pare. A referência para saber a hora de parar é quando chegamos a cerca de 70% de satisfação. O estômago precisa de uma parte vazia para poder fazer uma boa digestão.
  5. Abra o espaçopara a próxima atividade. Após comer, fique tranquilo por uns cinco minutos e, se possível, faça depois uma breve caminhada. Como em uma boa relação, dar o espaço e tempo para digerir (e refletir), é fundamental.
Mudar o padrão de como comemos e sair do modo automático da relação com a comida é possível. Não só possível, como pode ser muito prazeroso. Além de aumentar a qualidade do que ingerimos, por estarmos presentes e atentos, reduzimos a quantidade, melhoramos a digestão e saboreamos muito mais cada refeição. É possível construir uma relação de presença, consciente, de respeito e que, ao invés de ser destrutiva, é literalmente muito nutritiva. Como seria ter e tratar o seu alimento como um dos seus melhores amigos? Já pensou em conhecê-lo melhor, dar mais atenção a ele, aproveitar e estar 100% presente nos seus momentos com ele, agradecer e reconhecer o seu valor? Faço este convite a você e tenho certeza de que verá melhorias significativas na sua saúde!